O que visitar

O que visitar perto…






Guarda, a cidade mais alta de Portugal, exaltada por poetas e artistas, ergue-se a 1056 m de altitude na vertente noroeste da cadeia montanhosa da Serra da Estrela e é conhecida como a cidade dos 5 F ‘s: Forte, Farta, Fria, Fiel e Formosa.

Forte, porque da sua fortaleza falam os troços e portas das muralhas, bem como a Torre de Menagem e a Torre dos Ferreiros;
Farta, devido à riqueza do vale do Mondego que desde sempre a encheram do necessário;
Fria, pois o clima tipicamente montanhoso, dada a proximidade à Serra da Estrela explica este F;
Fiel, porque Álvaro Gil Cabral – que foi Alcaide-Mor do Castelo da Guarda e trisavô de Pedro Álvares Cabral – recusou entregar as chaves da cidade ao Rei de Castela durante a crise de 1383-85. Teve ainda fôlego para combater na batalha de Aljubarrota e tomar assento nas Cortes de 1385 onde elegeu o Mestre de Avis (D. João I) como Rei;
Formosa, pela beleza natural que a envolve.

Em locais escarpados da Beira Interior, abundam vestígios que comprovam a ancestralidade do Homem nesta região. Do século V (a. C.) sobrevivem vestígios de povoados protegidos por muralhas no cimo das montanhas.
Diz a História que em Novembro de 1199, D. Sancho I – O Povoador, 2º Rei de Portugal, concede Foral à Guarda. Também pela sua mão, e com autorização do Papa Inocêncio III, se deu a transferência da sede da antiga diocese Visigótica da Egitânia para a Guarda.

 ALGUNS LOCAIS A VISITAR:  [ clique nas imagens para ampliar ]

 Sé Catedral da Guarda
Construída entre os séculos XIV e XVI, reflete a evolução das filosofias construtivas que percorrem esses séculos. Do Românico ao Manuelino, a Sé soube incorporar e harmonizar as diversas correntes arquitectónicas.No seu interior, não deixe de analisar com cuidado o retábulo de João de Ruão, fiel representante da Vida Cristã, e a Capela dos Pinas, embuída de elementos Renascentistas, de que são exemplo os motivos florais e animais.

Castelo da Guarda
É o castelo que se localiza a uma maior altitude em Portugal (1056 m). Possui um perímetro muralhado envolvendo todo o núcleo medieval. A Torre de Menagem, isolada, situa-se numa colina e a Torre de Ferreiros, a mei-encosta, encontra-se adossada.

O início de construção das muralhas verificou-se nos fins do século XII. O primeiro torreão edificou-se no reinado de D. Sancho II, bem como a Torre de Menagem.
A conclusão definitiva, depois de novos surtos construtivos, terminou no século XV.
É um castelo de tipo românico-gótico. O perímetro das muralhas é de configuração irregular. A Torre de Menagem tem planta pentagonal irregular. A Torre dos Ferreiros, planta quadrada, integrando porta dupla.
Das antigas portas das muralhas são de referir: a Porta dos Ferreiros e a Porta da Erva (ou da Estrela), a Este; a Porta d’El-Rei e a Porta Falsa, a Norte.


Janela Manuelina

Num austero e difícil de 3 pisos em cantaria de granito, destaca-se um interessante janelão quinhentista profusamente decorado. A sua execução poderá datar o reinado de D. João III ( 1521-1557).
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Judiaria
Desde sempre localizado no interior da cidade muralhada, ainda hoje aí existe o antigo bairro judeu. Encontra-se muito perto da Porta d’el Rei.
A judiaria tinha o seu início junto à Porta d’el Rei e estendia-se até ao adro da igreja de S. Vicente, limitada pela muralha e pela Rua Direita que dava acesso àquela Porta. Em 1465 este acesso foi fechado devido aos protestos dos cristãos.
A comuna judaica da Guarda foi durante longos períodos uma das mais importantes do país e é considerada uma das mais antigas. Está comprovado que remonta ao século XIII com o aforamento, por parte de D. Dinis, de casas da freguesia de S. Vicente a famílias judaicas, tendo sido numa delas instalada a sinagoga.

Igreja de S. Vicente
Monumento barroco datada do século XVIII, destaca-se no seu interior os painéis de azulejo, datados da mesma época e que retratam cenas da vida de Cristo.

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Igreja da Misericórdia
É uma bela construção ainda do século XVII, mas que sofreu profundas alterações no século XVIII, como se trona evidente pela sua fachada joanina, onde sobressai a imagem de Nossa Senhora da Misericórdia.

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Museu
O acervo do Museu, é constituído por coleções de arqueologia, numismática, escultura sacra dos séculos XIII a XVIII, pintura sacra dos séculos XVI a XVIII e armaria dos séculos XVII a XX. Encontramos ainda cerâmica, fotografia, etnografia regional, pintura e desenho de finais do século XIX e 1ª metade do século XX. Merecem particular destaque: duas espadas da idade do Bronze, uma fíbula anular hispânica do séculos V/VI a. C., a coleção de numismática romana e um torso Imperial Romano do século II; na escultura, um granito policromado do século XIII, representando N.ª Sr.ª da Consolação, o Altar da Anunciação século XVI e os espaldares de cadeiral dos séculos XVI e XVIII; a coleção de armas inclui peças do século XVII ao XX, que documentam a evolução da armaria; na pintura encontramos desenhos de Carlos Reis, António Carneiro, óleos de Columbano, Eduarda Lapa, Almeida e Silva e João Vaz, entre outros; as coleções etnográficas permitem uma leitura das principais atividades económicas da região.


Monumentos importantes da História de Portugal estão presentes na colecção de Castelos, Fortalezas e 8 Aldeias Históricas que a região exibe.

Belmonte: Teve origem em 1199. Aqui, nasceu Pedro Àlvares de Cabral, descobridor do Brasil.
Guarda: Iniciado em finais do séc. XII, é o castelo que se localiza a maior altitude em Portugal (1.056 m).
Ponte Sequeiros: Ponte fortificada sobre o rio Côa, foi portagem fronteiriça. Data do séc. XIII.
Sortelha: Datado de 1228, integra o núcleo da Aldeia Histórica.
Sabugal: Mandado construir por Afonso IX de Leão, provavelmente em 1190. Possui 5 torres.
Alfaiates: Teve origem no séc. XIII, por ordem de Afonso X de Leão. Integrou Portugal em 1297 ( Tratado de Alcañices ).
Villar Maior: Data de 1232 e teve a mesma origem dos anteriores.
Castelo Mendo: Origem em fins do séc. XI, no reinado de D.Sancho I.
Castelo Bom: Foi mandado reedificar por D. Dinis tal como a cintura muralhada da povoação.
Pinhel: Situa-se em pleno meio urbano e a sua edificação deve-se a D. Sancho I (1189). As torres devem-se a D. Dinis.
Fortaleza de Almeida: É uma das mais espectaculares fortalezas militares europeias com construção (estilo Vauban) de 1641.
Castelo Rodrigo: Situa-se no centro da Aldeia Histórica e a sua reconstrução deve-se a D. Dinis.
Trancoso: Engloba o centro histórico da espectacular vila muralhada. O castelo teve origem antes de 1159 (D.Dinis).
Celorico da Beira: Foi conquistado aos mouros por D. Afonso Henriques e as obras de restauração tiveram a participação dos Templários.
Linhares: Encima a Aldeia Histórica, tendo uma origem antiquíssima. O relógio de pesos existente numa das torres, data do séc. XVII.
Avô: Localizado na belíssima povoação do rio Alva conserva alguns panos de muralhas. Os actuais vestígios são de D. Dinis.
Bemposta: Restam vestígios da Torre de Menagem desta povoação fronteiriça do concelho de Penamacor, que foi sede de concelho de 1510 a 1836.
Monsanto: Integra a Aldeia Histórica e o Castelo já existia em 1172.
Penha Garcia: Sobranceiro ao vale do rio Pônsul.
Penamacor: Integra o centro histórico da vila fronteiriça e existe provavelmente desde 1189.

Os últimos Judeus Secretos de Sefarad
É a história daqueles que são os últimos judeus secretos sefardistas oriundos de gerações resistentes à Inquisição.
Até ao séc. XX, o mundo desconhecia a existência, no interior de Portugal, da última comunidade Cripto-Judaica da Península Ibérica e porventura da Europa.
Junto à Serra da Estrela, fica Belmonte, memória humana viva do riquíssimo e antigo Portugal Judaico e onde cerca de 200 habitantes formam a comunidade Judaica actual.
Aí ficam também as terras que como Covilhã, Guarda, Trancoso, Linhares, Celorico, Pinhel, Penamacor e outras são referências das antigas comunidades sefardistas portuguesas.

LOCAIS DE VISITA:

Belmonte-sede da Rota
-Museu Judaico; Sinagoga de Belmonte; Centro Histórico.
Covilhã
– Rua das Flores; Portas do Sol; Museu dos Lanifícios; Adega Cooperativa (Produção de vinho Kosher).
Guarda
– Judiaria; Museu Nacional da Guarda.
Gouveia
– Museu de Arte Sacra (com pedra da Sinagoga datada de 1496).
Linhares
– Rua do Passadiço; Rua Direita.
Trancoso
– Casa do Gato Negro; Rua Direita; Rua da Corredoura; Centro Histórico.
Penamacor
– Rua de S. Pedro; Penazeites (Fabrico de Azeite Kosher).


Uma das mais importantes Rotas Culturais Europeias tem na Serra da estrela um autêntico mostruário.
As actividades de lã existem aqui desde os primórdios da nacionalidade.
Durante séculos objecto de trabalho Doméstico/ Artesanal, os artifícios da lã evoluíram no séc. XVII para o das grandes Manufacturas e no séc. XIX para o das possantes Fábricas Industriais.
Covilhã, Manteigas, Seia, Gouveia, Pinhel, Guarda e Penamacor fazem com que a Serra da Estrela caminhe para os mil anos a trabalhar a lã, fiando e tecendo num património arqueológico-industrial único em termos internacionais. Simbólicamente, os lanifícios são a decana das indústrias portuguesas.
MUSEU DE LANIFÍCIOS (COVILHÃ) – Sede da Rota da Lã
“ O melhor museu do país “ – Associação Portuguesa de Museus.
“O melhor museu têxtil da Europa”-UNESCO.
Numa cidade que representa um hino ao trabalho, alguns dos principais monumentos são os alusivos à história de Indústria Portuguesa.
O Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior é composto por três núcleos: o primeiro, corresponde à ocupação de parte da Real Fábrica de Panos do Marquês de Pombal e integra as famosas fornalhas do século XVIII; outro, a Real Fábrica Veiga; o terceiro, corresponde às Râmolas de Sol existentes em vários locais da Covilhã a céu aberto.

LOCAIS A VISITAR:
Covilhã
– Ponte do Rato, Ribeira da Degoldra; conjunto arqueo-industrial na Ribeira da Carpinteira; Râmolas de Sol e estendouros de lã, no Sineirinho; oficina da artesã (Maria Celeste).
Gouveia
– Ribeira de Gouveia
Manteigas
– Complexo arqueo-industrial de S. Gabriel, no rio Zêzere; oficinas de artesãos ( João Clara e Joaquim Sabugueiro )
Alvoco da Serra
– Casas da Ribeira e da Ponte (Turismo em Espaço Rural ): construídas nas unidades de uma fábrica de lanifícios onde se fabricou o 1.º cobertor de produção industrial em Portugal.
Seia, S.Romão, Loriga, Tortosendo, Trinta.

Únicos em Portugal, os Vales Glaciários da Serra da Estrela são hoje a montra de como a glaciação deixou os melhores testemunhos.
Venha descobrir a Rota dos Vales Glaciários.

A Glaciação na Serra da Estrela
Hà milhares de anos, a Glaciação na Serra da Estrela permitiu a existência de neves perpétuas (a partir de 1.650m) que se fundiam durante o ano ficando compactas e dando origem ao gelo.
Assim. Acabou por se formar uma cúpula de gelo no Planalto da Torre que teria uma superfície de cerca de 70 Km2 e uma espessura de 80m.
Vale Glaciário do Zêzere
Corresponde à língua glaciária de maior dimensão da Serra da Estrela, atingindo os 13 Km de extensão.
Desde o Covão de Ametade (berço do Zêzere), o vale estende-se até à vila de Manteigas sempre na característica forma e U. É o maior vale de origem glaciar da Europa.

Vale Glaciário de Alforfa
Situado na projecção oposta do Vale Glaciário do Zêzere, foi originado por um glaciar que atingiu os 5.5 Km de comprimento e se dissolveu a uma altitude de 800m.

Vale Glaciário de Loriga
Situado na vertente oeste, o glaciar de Loriga quase atingia o local actual da Vila. Tendo início a 1.750 m de altitude, perto do Planalto da Torre, apresenta uma série de quatro covões (alguns com aproveitamento hidroeléctrico) que descem abruptamente uma extensão de 7 Km.

Rio Zêzere
Maior afluente do Rio Tejo, nasce em pleno coração da Serra da Estrela.

LOCAIS A VISITAR:
– Covão de Ametadae, junto ao Cântaro Magro (1.926m), é o berço do Zêzere.
– Vale Glaciário, o maior vale de origem glaciar da Europa.
– Manteigas, com as Termas;
– Skiparque em Sameiro, com pista de ski sintético e parque aventura.
– Campo de Golfe em Gaia/Gonçalo.
– Ecomuseu do Rio Zêzere, em Belmonte.
– Minas da Panasqueira/Covilhã: as únicas minas de volfrâmio da Europa.

Rio Mondego

Nasce a 1.425 m de altitude, junto à estrada que liga Manteigas a Gouveia e é um dos dois maiores rios exclusivamente Portugueses.

LOCAIS A VISITAR:
-Mondeguinho, berço do rio /Penhas Douradas).
– Covão da Ponte.
– Barragem da Ribeira do Caldeirão (Guarda).
– Vale do Mondego e seus T.E.R.
– Ribamondego e Ponte de Palhés, em Gouveia.
– Miradouro da Penha de S. Cosme, Oliveira do Hospital.

Rio Alva
Afluente do Rio Mondego, possui uma grande diversidade de paisagens no traçado que inicia na alta montanha.
LOCAIS A VISITARr:
– Vale do Rossim, berço do Alva (1.425m).
– Sabugueiro, aldeia mais alta de Portugal (1.072m).
– Sra. Do Desterro (S.Romão).
– Vale do Alva, com Caldas de S. Paulo, Ponte das 3 Entradas (Parque de campismo), Avô (casas quinhentistas e praia fluvial).
– Pousada Convento do Degravo ( em Vila pouca da Beira) e Hotel Rural Quinta da Geia (Aldeias das Dez).

Rio Côa
É um dos principais afluentes do Rio Douro, nascendo muito a Sul, junto à Reserva Natural da Serra da Malcata, perto da aldeia de Foios.

LOCAIS A VISITAR:
– Reserva Natural da Serra da Malcata (Rede Natura 2000)
– Barragem do Sabugal.
– Centro Histórico do Sabugal
– Ponte fortificada de Sequeiros, em Valongo.

O frio, a abundância de caça e pesca, a atividade agrícola e pastorícia, levaram os habitantes do distrito da Guarda a desenvolver uma culinária bem característica e baseada fundamentalmente nos recursos endógenos. Assim, chegaram até nós os pratos de caça e pesca, nas diversas formas de cozinhar a perdiz, a lebre, o coelho, o javali e a truta. Para os dias frios de Inverno aconselham-se os “pratos pesados”, à base de grão, feijão e farinha de milho. Os Cozidos à Portuguesa, o cabrito, o Bacalhau e as tradicionais Chouriçadas, acompanhados por um vinho da região, aparecem em quase todas as ementas dos restaurantes.

No final de uma refeição beirã somos, naturalmente tentados a saborear a doçaria tradicional, onde duas vertentes distintas se apresentam; a doçaria conventual, como as famosas Sardinhas Doces, os Bolos de Requeijão, o Requeijão com Doce de Abóbora, as Cavacas; e a doçaria de origem mais popular que inclui as Filhós, os Esquecidos, os Biscoitos de Azeite e os Folares da Páscoa.

E ainda é possível saborear um bom pão cozido em forno de lenha. Se a tudo isto juntarmos o mel produzido na região e finalizarmos com um “naco” de Queijo da Serra teremos sem dúvida apreciado um pouco do que é a riqueza da gastronomia do distrito da Guarda.